
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Bolsa de Arte do Rio de Janeiro - Leilão de Maio

Sotheby's New York - Arte Latinoamericana

Portinari e Tarsila - Obras recuperadas
Pelas informações iniciais as peças não sofreram grandes danos e acredito que os ladrões perceberam a situação complicada em que se meteram. Não iriam conseguir vender essas pinturas a ninguém.
Começamos o dia muito bem. Até a próxima!
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Portinari e Tarsila roubados em São Paulo

O outro Portinari, reproduzido também abaixo, Retrato de Maria, executado na década de 30, possui execução com menos material depositado o que pode fazer com que se conserve melhor e resita aos maus tratos.

O quadro de Tarsila que foi roubado, é Figura em Azul, de 1923, pintado quando da permanência da pintora em Paris, antes até de frequentar o ateliê de Fernand Leger. É uma peça importante pois foi pintada em uma fase imediatamente posterior à Semana de Arte Moderna, da qual Tarsila não participou diretamente mas de cujos ideais comungava plenamente.

As obras roubadas tiveram seus valores estimados em R$ 3,5 milhões, e em minha opinião, vai ser difícil os ladrões acharem algum comprador para elas, mesmo no chamado "mercado negro". Espero mesmo que esses indivíduos, a partir do alarde realizado pela imprensa, se arrependam e devolvam as pinturas, que no caso em questão, mais que bens de valores estimáveis, são patrimônio da humanidade que correm o sério risco de se perderem por maus tratos e falta de cuidados. Rezemos para que sejam recuperadas em bom estado.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Christie's New York - Resultados do leilão de arte moderna e impressionista

As vendas totais alcançaram a nada desprezível soma de US$ 102,7 milhões, quando 39 dos 50 lotes colocados à venda foram vendidos(78%). Várias obras alcançaram preços extraordinários como o pastel de Edgard Degas "Aprés le bain, femme s'essuyant", que foi arrematado por US$ 5,9 milhões e a obra "Portrait de Madame M." de Tamara de Lempicka, que foi vendida pelo valor de US$ 6,13 milhões.
Interessante notar que algumas obras de mestres impressionistas, da mesma forma como já ocorrera na Sotheby's no dia anterior, foram vendidas por preços bem acima de suas estimativas iniciais, indicando uma boa disputa e que talvez estejamos certos, quando dos comentários feitos sobre o leilão ocorrido na Sotheby's. Podemos citar como exemplo a obra de Camille Pissarro reproduzida abaixo, "La cuillette de pommes", que de uma estimativa inicial de US$ 1,4 a 1,8 milhões, foi vendida por US$ 3,33 milhões.

O que reforça nosso argumento da procura de qualidade por preço conveniente é que obras de artistas como Matisse, Gauguin, Gros e até pré-impressionistas como Corot, encontraram compradores, sendo que alguns deles até com boa disputa. Será interessante esperar e ver também como serão os leilões de arte latinoamericana das duas maiores casas, Sotheby's e Christie's, previstos para o final deste mês de maio. Temos a esperança de que os colecionadores internacionais voltem suas atenções para a arte latinoamericana, ainda, em minha opinião, pouco reconhecida dentro do contexto internacional do mercado de arte. A alta qualidade e importância histórica das obras latinoamericanas falar por si. Vamos aguardar.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Resultados do Leilão da Sotheby's New York

Outra obra que superou em muito as expectativas, foi "Composition in black and white with double lines", de autoria de Piet Mondrian, que de uma estimativa inicial de US$ 3 - 5 milhões, saltou para US$ 9,266 milhões. O que se pode concluir é que o mercado de arte fina mundial está realmente priorizando a qualidade, mas exigindo, no mínimo, estimativas mais adequadas à situação financeira mundial. Claro que sempre existe nessa exigência um "quê" de especulação, pois que tem dinheiro para investir em arte, vai tentar fazê-lo render ao máximo, colocando um pouco as paixões de lado. Em minha opinião, o mercado está começando a apresentar uma racionalidade salutar. Como consequência, vejo que obras de pintores impressionistas estão sendo consideradas "baratas" em função de sua importância dentro do contexto da arte mundial. Outro fator que indica esta tendência, está sendo a queda apresentada nas vendas de arte contemporânea, cuja solidez ainda está por ser testada. Vamos aguardar e ver o que no que vai dar mas se o leitor quiser arriscar, acredito que se comprar uma obra impressionista ou mesmo pós-impressionista ( Marquet, Matisse e etc), dificilmente deixará de ganhar um bom dinheiro no futuro, claro, se a intenção for investimento. Se o retorno esperado da compra for a contemplação, aí o retorno é incalculável.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Camille Pissarro - Um dos pilares do Impessionismo


Pissarro pintou na Inglaterra, onde se estabelecera fugindo da guerra de 1870, lá reencontra Monet e vem a conhecer o marchand Paul Durand-Ruel, que logo lhe compra duas telas, aliviando as dificuldades do artista. Não é à toa que Durand-Ruel seria chamado mais tarde de o "São Vicente de Paulo dos Impressionistas".
Participa em 1874 com seus companheiros impressionistas da exposição no estudio do fotógrafo Nadar, e também recebe duras críticas, que muito o magoaram. Afinal, era um dos que mais pesquisava, experimentava e tentava captar a realidade das paisagens que pintava e não se conformava com a incompreensão do público e de boa parte da crítica. Mesmo assim, nunca parou de pintar e experimentar. Tinha um coração grande e sensível o que também fazia com que se preocupasse com os amigos, mesmo passando por sérias dificuldades materiais, como por exemplo com o pintor Guillaumin, que o tinha como um protegido. No campo pictórico, deu muitos conselhos a Cézanne, que o tinha como o maior conhecedor da técnica pictórica e a quem deve também o desenvolvimento de uma paleta espetacular.
Na década de 1880, da mesma forma como aconteceu como Monet e Renoir, Pissarro busca um novo estilo que o satisfaça, algo diferente que tranquilize seu espírito inquieto de contínua busca, experiência e aprendizado. Com isso atravessa um período pintando em estilo pontilista, com justaposição das pinceladas em forma de vírgula, decompondo os tons, algo baseado nas teorias de Chevreul, Maxwell e Road, onde as cores justapostas de um tom decomposto poderiam se fundir na retina do observador, obtendo assim o efeito visual desejado de unidade de tom. A experiência nesse estilo é relativamente curta, o que não o impediu de realizar belas obras.



Em próximas postagens, voltarei a comentar sobre outros importantes artistas pertencentes ao movimento impressionista. Até breve!