sábado, 8 de agosto de 2009

Leilão de Agosto da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro

No próximo dia 20 de Agosto, na Rua Oscar Freire, 379, no coração dos Jardins em São Paulo, será realizado o leilão de Agosto da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, sem dúvida o mais tradicional leilão de arte do Brasil, e sempre um dos mais esperados. A seleção das obras dos leilões da Bolsa é uma das mais criteriosas, e sempre apresenta uma gama de boas oportunidades. Neste leilão, por exemplo, destaques para os contemporâneos, abstratos e concretos, onde nomes como Beatriz Milhazes, Barsotti, Ianelli, Franz Weismann e Bandeira entre outros, propiciam ao colecionador a chance de adquirir belos exemplares.

Quanto aos modernos, destaque para Di Cavalcanti, onde a deliciosa "Paisagem", reproduzida abaixo, é uma das obras do mestre "perfeito carioca" que será colocada à venda com estimativa de R$ 120.000 a R$ 180.000.


O leilão oferecerá ainda obras de Pancetti, Portinari, Tarsila, Bonadei e Djanira entre muitos outros artistas, que justificam uma visita e uma consulta ao catálogo, que está "on line" no site www.bolsadearte.com . É sempre bom lembrar que as obras comercializadas pela Bolsa de Arte, passam a ser, quase sempre, referências no mercado, aumentando ainda mais a importância do evento. Bom leilão!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Leilão de Agosto da Pro Arte em São Paulo

No próximo dia 10 de Agosto será realizado o leilão de arte da Pro Arte em São Paulo, que fica na Gabriel Monteiro da Silva, 1644, nos Jardins. Destaque para obras de Di Cavalcanti, Arcângelo Ianelli, Tomie Ohtake e Clóvis Graciano entre muitas outras, dentro de uma seleção de muito bom gosto.


A obra reproduzida abaixo, "Músicos" de Clóvis Graciano, pertencente a uma das melhores fases do artista, e que com certeza será disputada no leilão, é a que nos chega no convite.


O caro leitor pode ter acesso ao catálogo "on line" através do site http://www.proartegaleria.com.br/ . E não hesite em dar uma passada pelo leilão na próxima segunda-feira, pois sempre haverá uma boa oportunidade. Boas compras!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Bruno Giorgi - Um Escultor do Modernismo Brasileiro


Na última postagem, falamos um pouco de Alfredo Volpi e suas badeirinhas, caminhando de forma bem superficial pela evolução de seu processo criativo. Dentro deste processo, uma figura que teve grande importância, e que merece um comentário específico é Bruno Giorgi, um dos nossos maiores escultores modernistas, cuja amizade com Volpi só foi interrompida pela morte.

Nascido em 1905 em Mococa, no estado de São Paulo, esse filho de imigrantes italianos, começou seus estudos artísticos pela dec. 20 em Roma, para onde a família havia se mudado, na Academia de Belas Artes, mas foi apenas em meados dec. de 30 que Bruno Giorgi se aproximou mais da atividade artística, em meio ainda a uma conturbada vida de ativista político, que lhe rendeu inclusive prisão e extradição da Itália. Após breve passagem pelo Brasil, volta à Europa e estava em Paris em 1937, em função de suas atividades políticas de conspiração contra o regime fascista italiano, quando começou a frequentar os ateliês livres da Grand Chaumière em Montparnasse e Ranson, onde assiste as aulas de modelo vivo com Aristide Maillol, que se tornou seu grande ídolo. É dessa época também o contato com o escultor e ex-assistente de Rodin, Charles Despiau. Em 1938 e 1939, já tem trabalhos expostos no Salão da Tulherias e no Salão de Outono da capital francesa. Em 1940, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, volta ao Brasil acompanhado da esposa, Giuliana e do irmão Cesare.



Bruno Giorgi - Estudo para escultura
Morando em São Paulo, frequenta o Palacete Santa Helena e participa da Família Artística Paulista, solidificando a amizade com Joaquim Lopes Figueira Jr. e principalmente com Volpi, que conheceu em seu breve retorno de 1936. Começa a frequentar assiduamente o meio artístico paulista e brasileiro, participando de exposições em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Amplia o leque de amizades, travando conhecimento e expondo em conjunto com nomes como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Rebolo, Brecheret, Tarsila e muitos outros. Com a amizade e o apoio de Mario de Andrade e outros intelectuais e críticos de arte, ascende, de forma justa, a um dos mais altos conceitos dentro da escultura brasileira.
Realizou muitas exposições, individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, incluindo as Bienais de São Paulo e de Veneza, conquistando renome internacional. Realizou uma série de esculturas para Brasíia em 1959/1960, onde a obra "Candangos" , reproduzida abaixo, é um dos símbolos da cidade.

Bruno Giorgi - "Candangos" Fonte: O Globo
As obras de Bruno Giorgi estão hoje presentes em importantes museus no Brasil e no exterior e são disputadas por colecionadores de todo o mundo. Seus torsos, meteroros, labaredas e também propriamente os candangos, são presença obrigatória na relação de todos aqueles que querem formar uma boa coleção. Estarão sem dúvida adquirindo obras de um dos maiores artistas do modernismo brasileiro e internacional. Bruno Giorgi faleceu vítima de problemas cardíacos em 1993 no Rio de Janeiro, local que o acolheu carinhosamente como filho e morador na dec.50, inclusive outorgando o título de "Cidadão Carioca" ao paulista "vero italiano", da pacata "ma non tropo" Mococa.