sábado, 7 de março de 2009

Um pouco sobre o artista Rubem Ludolf

Ao pesquisar um pouco mais sobre Rubem Ludolf, em meio a uma negociação, me surpreendi com a riqueza da biografia deste alagoano, que se formou arquiteto em 1955 pela Universidade do Brasil no Rio de Janeiro, local inclusive onde veio a ter aulas de pintura com Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Integrou ainda na década de 50 o Grupo Frente, tendo em seguida aderido ao movimento de arte concreta, participando da mostra no MAM SP em 1956. Participou de cinco Bienais de São Paulo, entre 1955 e 1967, tendo em 1967 participado com três obras de grandes dimensões, denominadas Superfícies C, D e E. Concreto até no nome das obras!! Entre outras inúmeras exposições, participou também da Bienal de Paris de 1961. Existem referências a seu respeito nos principais compêndios sobre arte no Brasil, como Roberto Pontual, MEC e etc.. Acima, o pendant Amarelo/Vermelho de autoria de Rubem Ludolf datado de 2004. Nas próximas postagens, lembrarei de outros artistas brasileiros da arte abstrata e figurativa. Até lá.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Responsáveis pelas autenticações de obras de arte

Tenho sido questionado muitas vezes por colecionadores ou simplesmente possuidores de uma tela ou desenho, sobre como fazer para autenticar uma obra de arte. A questão é muito ampla, mas podemos dizer que para os principais artistas cujas obras são comercializadas no Brasil e principalmente no exterior, existem sempre pessoas ou instituições reponsáveis pela análise e certificação das obras a eles atribuídas. No Brasil, considero o trabalho pioneiro de certificação e catalogação como sendo o do Projeto Portinari, encabeçado pelo filho do artista, João Cândido Portinari, que por mais de 25 anos vem pesquisando e catalogando a obra daquele que é considerado por muitos como o mais importante pintor brasileiro. O resultado do trabalho foi compilado e publicado em um catálogo chamado raisonné, em cinco volumes, que contém aproximadamente 5.000 obras catalogadas do pintor de Brodowski. O contato pode ser feito pelo site http://www.portinari.org.br/ cuja página inicial se vê abaixo . As consultas são respondidas rapidamente e com extremo profissionalismo.






Outros esforços de catalogação das obras de vários artistas estão sendo levados a cabo no país, sejam por estudiosos e especialistas, sejam por instituições constituídas para esse fim. Citaremos abaixo algumas dessas iniciativas, com as respectivas formas de contato, para que o interessado que possua alguma obra atribuída a um dos artistas citados, possa dar início ao processo. São eles
Tarsila do Amaral - base7 - www.base7.com.br/tarsila
Iberê Camargo - Fundação Iberê Camargo - http://www.iberecamargo.org.br/
Inimá de Paula - Fundação Inimá de Paula www.inima.org.br/fundacao.htm
Anita Malfatti - Stella Maria de Mendonça - stella@portalartes.com.br
Leonilson - Projeto Leonilson - http://www.projetoleonilson.com.br/
Clóvis Graciano - Projeto Clóvis Graciano - http://www.projetograciano.com.br/
John Graz - Instituto John Graz - http://www.institutojohngraz.org.br/
Thomaz Ianelli - Instituto Cultural Thomaz Ianelli - São Paulo
Antonio Gomide - Dra. Elvira Vernaschi - São Paulo
Arcângelo Ianelli - Sra. Kátia Ianelli - São Paulo
Aldemir Martins - Sr. Pedro Martins - São Paulo
Francisco Rebolo Gonzales - Dra. Lisbeth Rebolo Gonçalves - São Paulo
Tomie Othake - Instituo Tomie Othake - http://www.institutotomieohtake.org.br/
Dos nomes citados acima, apenas Tarsila do Amaral( três volumes e um CD ROM), Iberê Camargo( um volume sobre as gravuras) e Inimá de Paula( dois volumes) já possuem catálogos raisonnés editados.
Dos principais artistas brasileiros hoje comercializados no mercado, salientamos que nomes como Di Cavalcanti, Alberto da Veiga Guignard, Ismael Nery, Bonadei, Djanira, Milton Dacosta, Maria Leontina e Ivan Serpa não possuem um trabalho de catalogação.
A catalogação da obra de Alfredo Volpi foi feita parcialmente, restando muitas obras por serem catalogadas, o que prejudica o conhecimento da real produção do artista, descaracterizando muito o seu mercado. Foram catalogadas aproximadamente 2.400 obras, quando estima-se em mais de 6.000 o total da produção do artista, que trabalhou por mais de 60 anos.
Nota acrescentada em junho de 2016: Mais recentemente foi criado o Instituto Volpi para promover a catalogação completa do artista, tendo como base o CD ROM já editado anteriormente. O acesso pode ser pelo site http://www.institutovolpi.com.br/ .

José Pancetti também é outro artista que mereceria um trabalho sério de catalogação. O livro sobre ele editado por José Roberto Teixeira Leite na dec. 70 continua sendo a melhor referência sobre as obras do artista, apesar de conter apenas uma parte delas.
Cícero Dias é um dos artistas que começará a ter a obra catalogada em breve, num esforço comandado pela esposa do pintor Sra. Raymonde Dias.
O Museu Lasar Segall chegou a cogitar o início de um trabalho de catalogação da obra de Lasar Segall, com vistas à edição de um catálogo raisonné. Hoje em dia, o museu só emite certificados para aquelas obras que estejam documentadas nos arquivos da instituição, ou seja, muito poucas. São várias as obras de Segall que esperam uma análise mais séria para a autenticação.
Por enquanto é só. Numa próxima postagem, citarei alguns comitês de certificação no exterior, onde o esforço para se autenticar uma obra de arte é bem maior. Até breve!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Leilão da Pro Arte em São Paulo

Acontece no próximo dia 16 de março em São Paulo, o leilão da Pro Arte. Destaque para obras de Di Cavalcanti, Arcângelo Ianelli, Tomie Othake, Manabu Mabe e Benedito Calixto, na seleção de 90 obras que irão a leilão na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644. Acima reproduzido, temos o lote 47, de autoria de Arcângelo Ianelli, Composição geométrica, uma das sensações do evento. Vale a pena conferir http://www.proartegaleria.com.br/ .