Além das obras comentadas, o leilão conta ainda com uma bela seleção de obras de artistas modernos como Portinari, que comparece também com um Cangaceiro, e Pancetti entre outros. Artistas contemporâneos como Tunga, Leda Catunda e mais alguns também estão presentes e requerem a atenção do leitor que deseja fazer algum bom negócio. Acreditamos que será um sucesso e que ajude a mandar embora os ventos de crise que ainda sopram por aqui.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Bolsa de Arte do Rio de Janeiro - Leilão de Maio
No próximo dia 19 de Maio teremos em São Paulo, na Rua Oscar Freire, 379, o leilão da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, que é sem dúvida o mais tradicional dos grandes leilões brasileiros.
Nesta edição de Maio de 2009, destaque para a "Coleção São Francisco", um belíssimo acervo de obras sobre o santo de Assis, executados por vários artistas como Vicente do Rego Monteiro, Bonadei, Reynaldo Fonseca, Pennacchi, Cícero Dias e mais alguns, cuja estimativa está entre R$ 550 e 650 mil.
A se ressaltar também uma seleção de bom gosto de obras de Di Cavalcanti, principalmente os desenhos das décadas de 20 e 30, onde o pastel "Melindrosa", executado na dec.20 e cuja estimativa está entre R$ 450 e 550 mil é o destaque.
Outro artista de destaque do leilão é Cícero Dias cuja obra "Paisagem com figuras", reproduzida abaixo, um óleo onde toda a poética do grande pintor pernambucano está presente, será ofertada com uma estimativa de R$ 200 a 250 mil.
Além das obras comentadas, o leilão conta ainda com uma bela seleção de obras de artistas modernos como Portinari, que comparece também com um Cangaceiro, e Pancetti entre outros. Artistas contemporâneos como Tunga, Leda Catunda e mais alguns também estão presentes e requerem a atenção do leitor que deseja fazer algum bom negócio. Acreditamos que será um sucesso e que ajude a mandar embora os ventos de crise que ainda sopram por aqui.
Sotheby's New York - Arte Latinoamericana
Nos próximos dias 27 e 28 de Maio, ocorrerá em Nova York o leilão de arte latinoamericana da Sotheby's.
Destaques, como sempre, paras obras de artistas mexicanos como Diego Rivera, Rufino Tamayo, Leonora Carrington, David Alfaro Siqueiros e outros como o cubano Wifredo Lam, o uruguaio Torres-Garcia, o colombiano Botero e mais alguns contemporâneos. Dos 216 lotes ofertados, apenas seis obras de artistas brasileiros estão presentes e entre elas um "Cangaceiro", reproduzido abaixo, de Cândido Portinari, pintado em 1956, mesmo ano da obra roubada e recuperada em São Paulo recentemente. A pintura, com dimensões aproximadas de 54cm x 45 cm está no catálogo com estimativa de US$ 80 a 100 mil dólares. Temos que concordar que é uma pechincha. Obras como essa aqui no Brasil estão cotadas no mínimo pelo dobro do preço.
O que tento entender é o fato de apenas algumas poucas obras de artistas brasileiros participarem do leilão, aliás como sempre tem acontecido. Acredito que seja por falta de divulgação de nossos principais artistas, que com isso não têm a atenção despertada por parte dos colecionadores internacionais. Entre os brasileiros representados estão também Di Cavalcanti, Mira Schendel e Cildo Meireles. Muito pouco pela qualidade que nossa arte brasileira apresenta. Comentaremos depois os resultados.
Portinari e Tarsila - Obras recuperadas
Aos amigos leitores, uma postagem curta mas reconfortadora: As obras de Portinari, Trasila e Teruz, roubadas no último Domingo e da qual trata a postagem abaixo e amplamente divulgada pela imprensa, já foram recuperadas. Elas foram abandonadas na madrugada desta quarta-feira nas proximidades dos estúdios da TV Record, no bairro da Barra Funda em São Paulo, e a polícia chegou até elas depois que um telefonema anônimo avisou o pessoal da emissora onde estariam as obras.
Pelas informações iniciais as peças não sofreram grandes danos e acredito que os ladrões perceberam a situação complicada em que se meteram. Não iriam conseguir vender essas pinturas a ninguém.
Começamos o dia muito bem. Até a próxima!
Pelas informações iniciais as peças não sofreram grandes danos e acredito que os ladrões perceberam a situação complicada em que se meteram. Não iriam conseguir vender essas pinturas a ninguém.
Começamos o dia muito bem. Até a próxima!
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Roubos de obras de arte - Obras desaparecidas
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Portinari e Tarsila roubados em São Paulo
Duas obras de Cândido Portinari e uma de Tarsila do Amaral foram roubadas ontem, 10 de maio de 2009, da residência da Sra. Ilke Maksoud, nos Jardins em São Paulo. Tudo leva a crer que o roubo foi por acaso. A quadrilha, aproximadamente 15 homens, entrou na casa depois que um dos assaltantes, se fazendo passar por entregador de flores, fez com que o vigia abrisse a porta da residência possibilitando assim a invasão. Aparentemente, o bando queria apenas dinheiro e jóias e pelo visto, não tendo encontrado aquilo que esperavam, para não "perder a viagem", levaram as obras de arte. Pelos relatos, uma quarta obra, de autoria de Teruz, também foi levada.
O quadro de Tarsila que foi roubado, é Figura em Azul, de 1923, pintado quando da permanência da pintora em Paris, antes até de frequentar o ateliê de Fernand Leger. É uma peça importante pois foi pintada em uma fase imediatamente posterior à Semana de Arte Moderna, da qual Tarsila não participou diretamente mas de cujos ideais comungava plenamente.
Ponto triste foi como trataram as pinturas. Com um instrumento de lâmina afiada, cortaram as telas e as arrancaram das molduras, tudo indicando que seriam enroladas. Se fizeram isso no quadro Cangaceiro de Portinari, reproduzido abaixo, os danos serão enormes pois é uma obra na qual Portinari usou de um "impasto" intenso, muito característico dos anos 50.
O outro Portinari, reproduzido também abaixo, Retrato de Maria, executado na década de 30, possui execução com menos material depositado o que pode fazer com que se conserve melhor e resita aos maus tratos.
O quadro de Tarsila que foi roubado, é Figura em Azul, de 1923, pintado quando da permanência da pintora em Paris, antes até de frequentar o ateliê de Fernand Leger. É uma peça importante pois foi pintada em uma fase imediatamente posterior à Semana de Arte Moderna, da qual Tarsila não participou diretamente mas de cujos ideais comungava plenamente.
As obras roubadas tiveram seus valores estimados em R$ 3,5 milhões, e em minha opinião, vai ser difícil os ladrões acharem algum comprador para elas, mesmo no chamado "mercado negro". Espero mesmo que esses indivíduos, a partir do alarde realizado pela imprensa, se arrependam e devolvam as pinturas, que no caso em questão, mais que bens de valores estimáveis, são patrimônio da humanidade que correm o sério risco de se perderem por maus tratos e falta de cuidados. Rezemos para que sejam recuperadas em bom estado.
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