Começa hoje no Paço Imperial, que fica na Praça XV na cidade do Rio de Janeiro, a exposição "Burle Marx 100 Anos/ A Permanência do Instável". Com curadoria de Lauro Cavalcanti, a mostra possui um corte transversal sobre toda a obra do artista, que se notabilizou mundialmente por seus exuberantes jardins. Junto com Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, Burle Marx, este paulista de nascimento mas de coração carioca, formou o trio que deu uma nova feição ao modernismo brasileiro, principalmente no que tange à arquitetura e ao conceito de ocupação e preservação do espaço e do ecosistema(ele já discutia o tema preservação na dec.60/70). Com suas curvas sinuosas e mosaicos de plantas e vegetações tropicais, ele deixou seu nome gravado na história com projetos como o Aterro do Flamengo, o calçadão de Copacabana e muitos outros pelos quais hoje passamos e muitas vezes sequer imaginamos de quem seria a autoria. Como artista plástico, Burle Marx deixou uma obra extensa, e na exposição do Paço Imperial estarão a mostra 80 pinturas sobre tela, 16 sobre tecido e 95 guaches sobre papel, além de tapeçarias, projetos paisagísticos, maquetes e jóias. Há também na mostra a exibição de documentos, fotos e documentários. Só não vi menção sobre a obra gráfica de Burle Marx, que também é de suma importância, talvez por uma opção dentro do projeto de curadoria. Considero a mostra imperdível e todos temos até 22 de Março de 2009 para visitá-la e prestarmos uma homenagem a este grande nome da arte brasileira.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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